Preparava-me para fazer um longo e detalhado texto sobre “O mistério da estrada de Sintra” mas, acabo de ver o season finale da terceira temporada de Lost. Estou completamente abazurdido e vou, por este motivo, ser mais breve do que tinha previsto.
Adaptação do policial “O mistério da estrada de Cintra”, que Eça de Queirós escreveu em conjunto com Ramalho Ortigão, este filme não se contenta com a tradução para o mundo cinematográfico do folhetim pelos escritores concebido, relatando também, o percurso dos dois homens durante a escrita.
Tudo começa quando, após Ramalho Ortigão ser raptado, ele desafia Eça para escreverem uma pseudo-ficção com base nesse recente incidente. O escritor português aceita e aproveita para criticar fortemente a sociedade baseada nas aparências em que vivia.
Esta obra realizada por Jorge Paixão da Costa foi, para mim, uma surpresa. Não esperava de modo algum, um filme que me deixasse preso á cadeira do cinema até ao último momento.Ivo Canelas (Eça) em evidência num elenco ainda composto por António Cerdeira, Bruni Di Tullio, Rogério Samora, José Pedro Vasconcelos, Gisele Itié, Flávio Galvão, James Weber-Brown e Nicolau Breyner.
Agora era a parte em que eu dizia que o filme está muito bem escrito, de uma forma que consegue fugir ao comum e que consegue estabelecer o (nem sempre) paralelo entre o real e a ficção. Mas… a uma hora e vinte de Lost que vou agora repetir estabelecem um patamar de comparação elevado demais para me meter nisso…
Mais um bom filme português, dos melhores que vi até hoje.
8 estrelas
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