31 de março de 2008

Ooopps, demasiado cedo.


"Para Jaime Gama, a Madeira é «a expressão de um vasto e notável progresso no País».

«A Madeira é bem o exemplo, com democracia, com autonomia, com a integração europeia de um vasto e notável progresso no País» , declarou.

Jaime Gama sustentou que a Madeira tem em Alberto João Jardim «um exemplo supremo na vida democrática do que é um político combativo». "

in "Sol", 28/03/08.


Não, inda não era o dia das mentiras menino Jaime Gama.
Era para adientar as horas, não os dias!!
Ai, ai...

Bem, utilizar a expressão "vida democrática" e Alberto João Jardim na mesma frase é só por si uma anedota e todos gostamos de uma palhaçada de vez em quando.

Falar em progresso e integração europeia é que já não tem graça nenhuma, sobretudo para os milhares de madeirenses que carecem destes e merecem que a sua real situação social e económica não seja abafada por diplomacias e politiquices.


"Em directo, Roque Martins, Presidente do Conselho Directivo do Centro Social da Madeira, revelou que existem 55 mil pobres na Madeira, representando uma taxa de cerca de 22%, acima da média nacional."

27 de março de 2008

Contra a ignorância


... em 2007, Guillermo Vargas Habacuc, um suposto artista, colheu um cão abandonado de rua, atou-o a uma corda curtissima na parede de uma galeria de arte e ali o deixou, a morrer lentamente de fome e sede.

Durante varios dias, tanto o autor de semelhante crueldade, como os visitantes da galeria de arte presenciaram impassíveis à agonia do pobre animal.

Até que finalmente morreu de inanação, seguramente depois de ter passado por um doloroso, absurdo e incompreensível calvário.

...a prestigiosa Bienal Centroamericana de Arte decidiu, incompreensivelmente, que a selvageria que acabava de ser cometida por tal sujeito era arte, e deste modo tão incompreensivel Guillermo Vargas Habacuc foi convidado a repetir a sua cruel acção na dita Bienal em 2008.
Petição contra esta estupidez aqui:
http://www.petitiononline.com/13031953/petition.html


Paragem de Autocarro


Chegado à paragem de autocarro do 33 na Portagem, deparo-me com um indivíduo, senhor dos seus 60 e tal anos, por aí, a ler o DN sentado no banco com perna traçada. Consulto o horário afixado. Próximo autocarro 11h. Consulto o relógio: 10h35. Tenho tempo. Sento-me no banco, retiro o Público acabado de comprar de dentro da minha pasta característica de Estudante de Coimbra, traço a perna também, quase no gozo, com um breve cumprimento:

-Bom dia.

Breve “bom dia” de resposta.

Preparo-me então para ler os seus artigos de opinião, com o Esteves Cardoso a queixar-se da operação que iria fazer no dia seguinte à coxa, queixando-se da vida, coitado, quando oiço ao meu lado:

-Estuda no Pólo II?

-Sim, por acaso.

-O quê?

-Engenharia Electrotécnica.

-E isso tem algum tipo de perspectivas?

Eu olho para o homem...”Como? Não percebi”. Ele repete a pergunta e eu respondo-lhe com um breve: “Tem muitas, felizmente”.

-Pois agora com o Bolonha, é uma miséria. Eu tirei Direito com 11 na minha altura mas n tenho medo nenhum de ser posto à prova contra um indivíduo de 20, agora sai tudo mal preparado.

-Sim, de facto, concordo com a sua perspectiva.

E então começa:

- A mentalidade portuguesa é miserável, somos todos medianos com um certo medo de assumir responsabilidades, tentando sempre o mais cómodo. Mas isto nem sempre foi assim.

Pronto, e depois disto, e depois de malbaratarmos tremendos adjectivos pouco dignificantes por Justiça, serviço de Saúde, a mania de tentar atingir a perfeição da sociedade característica da mentalidade de “esquerda”, a mania da posse da cultura por parte da “esquerda”, o facto de os sucessivos governos pouco se sujeitarem a alterações de fundo e andarem a acariciar a “rama”, já temos umas 6 pessoas a assistir à nossa discussão. E então oiço:

-É por estas e por outras que o país não avança. O Salazar tinha o país fechado ao exterior mas não deixava os incompetentes chegarem perto dele.

E eu começo a pensar. Hum…Não é incomum os mais velhos referirem-se aos bons tempos do regime totalitário. Mas há aqui qualquer coisa…

-Quando tirei o curso, éramos muito menos mas muito mais capazes. Os comunistas queriam que ganhássemos todos o mesmo, mas atenção! Se eu ganho mais de reforma é porque mereci e estudei mais do que outras pessoas e mereço pelo que fiz na vida. Mas agora estamos rodeados de jovens a tirar o curso sem perceberem nada do que fazem cá.

E foi aqui que percebi a teoria da velha guarda de “Direita”: segundo estes filósofos, só os chamados predestinados teriam direito a uma educação de ensino superior, com as regalias todas que advêm de tal. Daí todas as reservas que frequentemente se impõem aos “velhos do Restelo” de Direita.

Felizmente que apareceu o autocarro. Senão era capaz de espetar uma pequena boca ao homem. Enfim, mas não entrei no autocarro sem um:

-Olhe é por estas e por outras que o nosso país não avança.

Ele não percebeu. Pensou que estaria a concordar com ele. Não se perde nada.

26 de março de 2008

Gary Lucas meets Dead Combo


O Coimbra em Blues é um festival anual (esta foi a 6ª edição, salvo erro) que ocorre no Teatro Académico Gil Vicente em Coimbra. Este ano decorreu entre os dias 13 e 15 de Março.

É uma iniciativa que recolhe junto de mim uma aceitação fantástica. Para já, tudo o que for uma boa propaganda musical é bom, e aliado ao facto da escolha de Blues, para mim, como “adepto”, é perfeito.

Tive a felicidade de arranjar bilhete para a abertura do certame, que juntou os Dead Combo e o enorme Gary Lucas.

Para quem não conhece, de dizer que este senhor já tocou com Captain Beefheart, Nick Cave, John Cale, o Iggy Pop ou Eric Mingus, por exemplo

Toda a gente que me conhece sabe que eu sou muito fundamentalista quando estamos a falar de música, por isso, das duas uma: ou adorava, ou detestava. Adorei.


Do Gary Lucas, já se esperava: um blues muito profundo, mas com uma performance espectacular com um alto requisito de técnica. Uma destreza na(s) sua(s) Fender, como poucos, com a surpreendente utilização dos riffs carregados de harmónicos. Espectacular assistir enquanto ouvíamos uma voz carregada de soul, quer a cantar quer a falar com o publico, bastante calma e relaxante... Já disse Genial?

O concerto de hora e meia (pouco, muito pouco…sniff) foi preparado com algumas musicas do Lucas com os Dead Combo, que são compostos, nada mais nada menos que pelo guitarrista "Tó Trips" e pelo Contrabaixista Pedro Gonçalves, um autentico génio. Este trio encheu o palco, e todo o Teatro Académico Gil Vicente quase vinha abaixo com uma versão arrojada de "Grace", do Jeff Buckley. Como director artístico do Festival, de referir, Paulo Furtado, conhecido guitarrista dos WrayGunn e conhecido também pelo seu projecto Legendary TigerMan.

O Concerto foi tão espectacular que sinceramente aquando de um feedback, pensei que este teria sido propositado, tal a alma que o trio depositava na musica. Alma essa devolvida por um publico interessado.

A quem perdeu, agradeço, pois se calhar foi à vossa custa e ao vosso desconhecimento de boa musica que eu e mais setecentas pessoas sortudas assistimos a um memorável concerto. Parabéns à organização.

Pensamento da semana...


"Os pais devem fechar para balanço."

19 de março de 2008

Superioridade




20 minutos de jogo em Old Trafford, Ronaldo já leva mais 2 na conta pessoal.

Com cabeça, Ronaldo será uma lenda do Man Utd e da Selecção Portuguesa. Best, que não a teve (à cabeça), acabou de ver o seu record batido pelo Português.

12 de março de 2008

10 de março de 2008

Lost!

"Season 4, Episode 5: The Constant

Original Air Date: 28 February 2008
During the helicopter ride to the ship, Desmond's consciousness begins jumping back and forth between present day 2004 and 1996. He is forced to find Daniel Faraday in 1996 in order to get answers and stop the jumps."

Lost está de volta!
Nós (os fãs) já mereciamos, após tanto chouriço enchido.


3 de março de 2008

E eu tudo bem...

Desde o inicio, decidi deixar fora deste blog foram posts directamente relacionados com um jogo de futebol, assim como escrever asneiras (assim, faz de conta, três ou quatro de uma vez).

Por estes motivos, a minha semana desportiva, vai-se resumir a transcrever um parágrafo daqui.
Já agora, Moutinho, uma sugestão: vai jogar para o estrangeiro, marca-nos um golo na primeira oportunidade, chora um bocado, volta quando estiveres em fim de carreira e fores suplente, e vais ter o mundo a teus pés. Mas não vás já, que fazes cá falta.
E agora, se faz favor, vou ali acabar um texto sobre gado bovino, a ver se o relaciono com claques ou com o Paraty.

PS: Vou ver se a meio da semana deixo mais um lamirézinho sobre umas séries, agora vou acabar de ver Greek, que se faz cedo.