28 de outubro de 2009

Live from Abbey Road - Antony and the Johnsons


Perdi o concerto de apresentação do The Crying Light em Maio deste ano por culpa própria, quando dei conta o Coliseu já estava praticamente esgotado e não consegui arranjar companhia para ir. Não gosto de ir sozinho a concertos, não posso trocar impressões in loco. Sou um palerma.

No passado dia 18 passou mais um episódio de Live from Abbey Road, do channel 4, que é transmitido dos lendários estúdios de gravação em Londres. Um programa sobre música que visa a revelação de novos talentos, entrevistas com grandes músicos, behind the stage, etc.
Este contou com a presença de Antony Hegarty and the Jonhsons.

Eis a mais recente estocada no Marco. Ora toma. Soberbo.


20 de outubro de 2009

Momento Seinfeld

S8, E20 ("The Millennium")

Kramer: (...). Come midnight, when she's looking for someone warm and cuddly to kiss, I guess you'll be caught between the moon and New York City.


18 de outubro de 2009

Green Drinkers


Salvar o mundo, um gole de cada vez

É este o lema de um conjunto de pessoas, normalmente jovens, que se reúnem, sazonalmente, e desfrutam de uma noite bem passada em que em cima da mesa está um assunto de interesse comum: A situação ambiental.

Nada de coisas lamechas como reflexões filosóficas, mas situações de carácter prático. Os variados interesses dos participantes em áreas distintas fomentam a curiosidade. De que forma um informático ou um gestor pode participar num projecto com vista à mitigação de danos ambientais da própria empresa? De que forma um engenheiro agrónomo pode reduzir a utilização de produtos pesticidas no combate a um determinado fungo?

São problemas como estes que são partilhados e discutidos por pessoas com consciencialização nestas noitadas, que podem ser compostas de jantares, saídas à noite, passeios, ou apenas um calmo serão sentados em puffs. Uma iniciativa social interessante, do meu ponto de vista, cuja interacção entre jovens tão diferentes mas com esta apetência cria um elo estimulante na abordagem ao tema, seja ele qual for. Neste caso é o ambiente.

Para mais informações, consultar a página oficial, a notícia de base deste meu post (noticia do dn)
ou a página do Facebook. Ou então o tio Google, que sabe quase tudo.

16 de outubro de 2009

No ano de 1959 #5

(#1, #2, #3, #4, )

Hiroshima mon Amour, de Alain Resnais

Elle
: Were you here in Hiroshima?
Lui: Of course not.
Elle
: That's right. How silly of me.
Lui
: But my family was in Hiroshima.
Lui: I was off fighting the war.
Elle
: Lucky for you, eh?
Lui
: Yes.
Elle
: Lucky for me, too.


Escrito por Marguerite Duras, é um dos mais belos poemas visuais, animado pela lente predominantemente emotiva de Resnais, sobre a influência das recordações na criação da identidade e na sua maturação. Identidade individual (Elle, Lui) e colectiva, não só de um povo ou nação, mas sobretudo de humanidade. Uma minimalista mas nem por isso inócua projecção da condição humana nos objectos da mesma, mulher e homem, e na relação entre eles. Quase um Adão e Eva não-teológicos numa civilização em convulsão.
No fundo, uma contemplativa reflexão sobre memória, por alguém que insiste em nos lembrar dos nossos mais recentes pesadelos (Nuit et Brouillard).

13 de outubro de 2009

No ano de 1959 #4

(#1, #2, #3, )

North by Northwest
, de Alfred Hitchcock

Hitchcock poderá ter perdido o autocarro no inicio do filme (num dos seus típicos cameos) mas vocês têm todo o tempo do mundo para embarcar numa viagem por paisagens do mais autêntico norte dos Estados Unidos da América. Desde o ambiente urbano até ao climax em terras de história, enquadrado pelo Plaza Hotel ou pelo Mount Rushmore, North by Northwest não necessita de ser uma obra-prima para negar o conceito que a verosimilhança é condição essencial para a seriedade do filme.


Durante as mais de duas horas que Hitchcock no espicaça o córtex da curiosidade, o elemento fantástico funciona apenas como substrato de onde se edifica um drama que nunca esmorece, por obra de uma linha narrativa escorreita que não empata nem deixa de temporizar o desvelar do mistério. Assistimos também à exploração inteligente duma paradoxal relação forma/contexto, em que os momentos mais fortes são sempre embrulhados por uma postura descontraída e discurso bem-disposto.
Cary Grant, no filme pelo qual mais facilmente será lembrado, por meio da sua figura respeitável e simultaneamente atingível é o condutor ideal desta peça icónica do cinema de Hitchcock.


6 de outubro de 2009

Manfred Mann’s Earth Band – Nightingales and Bombers (1975)


Quando procuramos música que nunca tenhamos ouvido há sempre a tendência a socorrer-nos de Tops. Ou é o top das melhores bandas, dos melhores álbuns, das melhores músicas… O que não falta é Tops por aí. Regra geral nunca são unânimes. Nem poderão ser;

estamos a tratar, no fim de contas, de críticas, individuais ou de colectivos fechados (críticos de revistas, sites, rádios, etc.).

Em nenhum deles vi este álbum. Pelo menos nos primeiros 100, 200 lugares. No entanto, se me pedissem um top de álbuns pessoal este teria de constar nos… 10 primeiros.

Foi a descoberta deste álbum, juntamente com trabalho de Jethro Tull, Pink Floyd, Emerson, Lake & Palmer, entre tantos outros, que me reavivou o gosto pela música. Melhor, o prazer de ouvir música.

Manfred Mann’s Earth Band foi uma banda que não colheu grande sucesso no passar dos anos, e houve até álbuns que receberam junto da crítica e dos fãs bastante maior aceitação que o visado. Contudo este é para mim o álbum com o qual melhor me identifico.

Começa com uma cover do Springsteen, “Spirits in the Night”, desenhando uma identidade de Prog Rock com linha firme. Uma cover bem trabalhada que não fica nada mal para início de álbum, se bem que talvez seja das mais fracas do álbum. Serviu para o lançamento do álbum.

“Countdown” começa a revelar a essência do álbum: Rock com muita substância, aliando a um imenso tecnicismo uma ambiência musical muito boa, típica do rock psicadélico.

“Crossfade” é um ponto fulcral do álbum. Para mim encaixa que nem ginjas como quarta música, propositadamente para criar ou perder fãs. O psicadélico chega ao rubro e este é o momento que se escolhe para ouvir com atenção o álbum até ao fim, ou para o arrumar na prateleira.

“Nightingales and Bombers” é o ponto caramelo. A faixa que dá nome ao álbum é um épico ao nível dos grandes épicos da época, de Led Zeppelin ou Pink Floyd.

Como pontos negativos, para mim, talvez a inclusão da cover do Springsteen, que apesar de boa não reflecte inteiramente o espírito do álbum, mas a meu ver pesou a necessidade de um single consistente. Outro ponto é a perda de “pica” a que nos conduz “Visionary Mountains”, uma interessante balada, mas cuja ordem no álbum não abona a seu favor, entre “Crossfade” e “Nightingales and Bombers”.

Com tudo isto, é um álbum que define parte das minhas escolhas musicais com o passar dos anos, e como tal incluí-lo num top pessoal é imperativo. Fica a sugestão.



NightingalesAndBombers -

5 de outubro de 2009

40 anos de Monty Python

5 de Outubro é uma data história.
Porquê?
Mas que raio de pergunta.
Mas porquê?
Então porque foi no dia 5 de Outubro de 1969 que foi emitido o primeiro episódio da série Monty Python's Flying Circus.
Quem são os Monty Python?
Epá, a essa recuso-me a responder. Eles falam por si.


Portugal exemplar



Não encontrarão melhores notícias nos jornais que esta conclusão do relatório de Desenvolvimento Humano da ONU de 2009. Numa altura em que os portugueses dão 10,46% de votos (21 deputados) a quem defende um apertar das fronteiras e diz que o rendimento social de inserção só serve preguiçosos, é muito bom e enche-me de orgulho poder ainda ler coisas destas.