6 de outubro de 2009

Manfred Mann’s Earth Band – Nightingales and Bombers (1975)


Quando procuramos música que nunca tenhamos ouvido há sempre a tendência a socorrer-nos de Tops. Ou é o top das melhores bandas, dos melhores álbuns, das melhores músicas… O que não falta é Tops por aí. Regra geral nunca são unânimes. Nem poderão ser;

estamos a tratar, no fim de contas, de críticas, individuais ou de colectivos fechados (críticos de revistas, sites, rádios, etc.).

Em nenhum deles vi este álbum. Pelo menos nos primeiros 100, 200 lugares. No entanto, se me pedissem um top de álbuns pessoal este teria de constar nos… 10 primeiros.

Foi a descoberta deste álbum, juntamente com trabalho de Jethro Tull, Pink Floyd, Emerson, Lake & Palmer, entre tantos outros, que me reavivou o gosto pela música. Melhor, o prazer de ouvir música.

Manfred Mann’s Earth Band foi uma banda que não colheu grande sucesso no passar dos anos, e houve até álbuns que receberam junto da crítica e dos fãs bastante maior aceitação que o visado. Contudo este é para mim o álbum com o qual melhor me identifico.

Começa com uma cover do Springsteen, “Spirits in the Night”, desenhando uma identidade de Prog Rock com linha firme. Uma cover bem trabalhada que não fica nada mal para início de álbum, se bem que talvez seja das mais fracas do álbum. Serviu para o lançamento do álbum.

“Countdown” começa a revelar a essência do álbum: Rock com muita substância, aliando a um imenso tecnicismo uma ambiência musical muito boa, típica do rock psicadélico.

“Crossfade” é um ponto fulcral do álbum. Para mim encaixa que nem ginjas como quarta música, propositadamente para criar ou perder fãs. O psicadélico chega ao rubro e este é o momento que se escolhe para ouvir com atenção o álbum até ao fim, ou para o arrumar na prateleira.

“Nightingales and Bombers” é o ponto caramelo. A faixa que dá nome ao álbum é um épico ao nível dos grandes épicos da época, de Led Zeppelin ou Pink Floyd.

Como pontos negativos, para mim, talvez a inclusão da cover do Springsteen, que apesar de boa não reflecte inteiramente o espírito do álbum, mas a meu ver pesou a necessidade de um single consistente. Outro ponto é a perda de “pica” a que nos conduz “Visionary Mountains”, uma interessante balada, mas cuja ordem no álbum não abona a seu favor, entre “Crossfade” e “Nightingales and Bombers”.

Com tudo isto, é um álbum que define parte das minhas escolhas musicais com o passar dos anos, e como tal incluí-lo num top pessoal é imperativo. Fica a sugestão.



NightingalesAndBombers -

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