31 de maio de 2007

Wacky Waving Inflatable Arm Flailing Tube Man...


... ou como algo extremamente irritante me faz rir tanto.

30 de maio de 2007

"Paciência"



O duo perfeito... uma música perfeita...

A vida é realmente tão rara...tão efémera...tão preciosa...é lamentável que não saibamos aproveitar cada momento como se fosse o único... :D

Passatempo BLITZ


"Canção Verdes Anos" - Carlos Paredes

É com pena que reparo na sua ausência das serenatas dos últimos anos. Um hino à juventude, à vida académica e a Coimbra. Devia constar do anúncio da Adidas: “Impossible is Nothing”, a perfeição é possível.


"Superman" - Five for Fighting

O melhor que se pode extrair das séries juvenis de qualidade é a boa música. Lembro-me que «Riscos», deu-me a conhecer, entre outras, "Say Want You Want" dos Texas, «The O. C.» enriqueceu a minha colecção de pop-rock norte-americano, mas o grande fruto colhi-o do 2º episódio da 4ª série de Dawson's Creek.


"Iris" - Goo Goo Dools

Não me lembro de uma música que inquiete tanto e tanta gente como esta. Um instante que não esquecemos da nossa juventude foi o momento em que a ouvimos pela primeira vez. Irrepetível.


"High and Dry" - Jamie Cullum, original de Radiohead

O cume de uma grande banda (Radiohead), foi o acampamento base de Cullum, para um ‘cover’ magnífico.



"Tudo o que eu te dou" - Pedro Abrunhosa

Nunca a língua portuguesa soou tão bem como nesta obra belíssima de Pedro Abrunhosa. Um verdadeiro alquimista da composição.


"Nature Boy" - Miles Davis, original de Nat King Cole

Foi-me díficil escolher a versão para este tema, há tantas e algumas tão boas,pois foram elas que elevaram “Nature Boy” ao Olímpo da música moderna. Muitos reconhecem esta música pela sua presença transversal no filme “Moulin Rouge”, interpretada por David Bowie e Massive Attack. Eu prefiro esta do inqualificável Miles Davis.


"By Your Side" - Sade

Tenho saudades de Sade, é pena que não faça música há tantos anos. Porém, dá-nos tempo para continuar a ouvir sons destes.


"With or without You" - U2

Incontornáveis no panorama músical do último quarto de século, obrigam-me a escolher um tema seu. Tinha de provir do melhor albúm dos anos 80 “The Joshua Tree” (1987).


"Wonderwall" - Oasis

Também não me esqueço da primeira vez que ouvi a ‘masterpiece’ dos irmãos Gallagher. Estava sozinho no carro, enquanto a minha mãe tinha ido ao supermercado, e apaixonei-me imediatamente pela música. Não descancei enquanto não a saquei para a ouvir noite fora, com o modo ‘repeat’ activado.


"Air" - Johann Sebastian Bach

O detective Sommerset perscruta entre a “Divina Comédia” de Dante e o “Paraíso Perdido” de Milton, a ideologia por trás do plano do serial-killer John Doe, ouve-se algo no fundo, cresce, torna-se ensurdecedor, sente-se o diafragma a contrair com cada subida dos violinos, as veias fundem-se com as cordas, o coração é uma marioneta dos contra-baixos, tudo em nós é a “Air”. Querem experimentar? Oiçam. Muito alto!



25 de maio de 2007

Passatempo Blitz


As 10 musicas que aqui vou referir não poderão ser classificadas como as 10 da minha vida...a minha pssagem na terra ainda não é suficientemente longa para poder contar 10 canções como marcos da minnha hirtória pessoal...são, portanto, talvez as minhas 1O músicas favoritas =)

"High and dry" (versão jamie cullum),a versão original é dos radiohead e também muito bonita, mas com o toque do jamie cullum, nada pode superar... É AQUELA MÚSICA!!

"All at sea" a par de outras de Jamie Cullum é também uma das minhas favoritas, torna-se complicado fazer uma selecção. Se a lista fosse de 20, talvez tivesse 10 favoritas do Jamie Cullum.lol

"Home" de Michael Bublé, acho que é uma daquelas que fica para sempre.

"Lost" de Michael Bublé do seu último album "call me irresponsable". Absolutamente linda!!

"Superman" dos fiveforfighting. Aquela que amei a primeira vez que ouvi e que não me canso de ouvir. Perfeita!

"Iris" dos Goo Goo doolls. Esta não passa indiferente a ninguém... mágica!!

E porque os portugueses tabém merecem lugar de destaque "Cada lugar teu" de mafalda veiga. Marcante. Sem palavras.

By your side" da Sade. Muito muito bonita.

"Sozinho" de Caetano Veloso. Intemporal.

"Creep" dos radiohead ao nível de High and Dry. É muito também.

É portanto esta a minha selecção, não feita por uma avaliação rigorosa, dado que não sou nenhuma entendida em música, mas sim pela capacidade que estas músicas possuem de me transmitir algum sentimento e emoção.

O Mistério da Estrada de Sintra

Preparava-me para fazer um longo e detalhado texto sobre “O mistério da estrada de Sintra” mas, acabo de ver o season finale da terceira temporada de Lost. Estou completamente abazurdido e vou, por este motivo, ser mais breve do que tinha previsto.

Adaptação do policial “O mistério da estrada de Cintra”, que Eça de Queirós escreveu em conjunto com Ramalho Ortigão, este filme não se contenta com a tradução para o mundo cinematográfico do folhetim pelos escritores concebido, relatando também, o percurso dos dois homens durante a escrita.

Tudo começa quando, após Ramalho Ortigão ser raptado, ele desafia Eça para escreverem uma pseudo-ficção com base nesse recente incidente. O escritor português aceita e aproveita para criticar fortemente a sociedade baseada nas aparências em que vivia.

Esta obra realizada por Jorge Paixão da Costa foi, para mim, uma surpresa. Não esperava de modo algum, um filme que me deixasse preso á cadeira do cinema até ao último momento.

Ivo Canelas (Eça) em evidência num elenco ainda composto por António Cerdeira, Bruni Di Tullio, Rogério Samora, José Pedro Vasconcelos, Gisele Itié, Flávio Galvão, James Weber-Brown e Nicolau Breyner.

Agora era a parte em que eu dizia que o filme está muito bem escrito, de uma forma que consegue fugir ao comum e que consegue estabelecer o (nem sempre) paralelo entre o real e a ficção. Mas… a uma hora e vinte de Lost que vou agora repetir estabelecem um patamar de comparação elevado demais para me meter nisso…

Mais um bom filme português, dos melhores que vi até hoje.

8 estrelas

24 de maio de 2007

Passatempo BLITZ (by Marco Lopes)

Antes de mais, uma nota: é um facto que quando acabei de apontar as tais "10 musicas", já tinha à volta de 22... Até me dá um aperto no coração por só poder escolher estas... paciência.

A minha selecção fica marcada pelo rock, com grande protagonismo para as guitarras, e as diferentes sonoridades produzidas. Para trás deixei bandas como Manfred Mann's Earth Band e Triumvirat (arranjei um album novo esta semana- fantástico) mas como não consegui definir quais as músicas ( todas tão boas, que nem sei...) a enquadrar aqui, optei pela lista abaixo.

Stevie Wonder - Superstition
O génio da Soul.

Cat Stevens - Father and Son
Tchiiiih....

Otis Redding - Dock of the Bay
Para desfrutar enquanto não se faz mais nada... uma vez, outra...outra...e outra. E mais. A versão dos Pearl Jam também é muito boa, mas nada como a original.

Pink Floyd - Shine on You Crazy Diamond
Se pudesse, teria escolhido um top 20. Com 7 ou 8 musicas só de Pink Floyd. Não posso, fico-me pela música que mais me marcou.

Dire Straits - Sultans of Swing
Como é possivel existir um guitarrista como Mark Knopfler? Incrivel a irreverência da guitarra..

Seal - Kiss From a Rose (unplugged)
Ouvi pela primeira vez esta música às 3 da manhã numa noitada na 2 sobre o mtv unplugged. Despertei imediatamente ao 2º acorde, e sentei-me bruscamente na cama, boquiaberto... fenomenal..

Led Zeppelin - Stairway to Heaven
A combinação harmoniosa de diferentes andamentos... a progressão das frases musicais..
A Música.

Gary Moore - Parisienne Walkways
A dimensão de um guitarrista mede-se pela alma que impõe em cada solo, em cada música... e aí, poucos chegam ao nível de Gary Moore...

Carlos Paredes - Verdes Anos
Perfeição.

Jethro Tull - Hunting Girl
A sonoridade estrondosa da flauta de Ian Anderson dá uma dimensão outsider do tipo de música a que estamos habituados.. o homem que decidiu aprender a tocar flauta, porque entendeu não poder ser o melhor guitarrista ou pianista do mundo... optou pela flauta...sorte a nossa. Esta foi a primeira de muitas que me marcaram, a par de The Whistler.

Passatempo BLITZ

Lanço agora aqui um desafio a todos os colaboradores: Publicar as 10 músicas da nossa vida, tal como a BLITZ pediu a várias figuras da música nacional e internacional, bem como a personalidades de outras àreas profissionais, na sua edição especial (n.1 de 2007).
Esta iniciativa entranha-se de um imenso potencial de interactividade com os nossos leitores. Por isso peço-vos que usem e abusem dos comentários e indiquem também as vossas preferências, sem regras, metam 2 ou 3 músicas, ou 10 ou 20, agora ou amanhã, ou depois. As músicas que mais se repetirem, serão embutidas no blog, para o deleite de todos os quantos gostam de música.



23 de maio de 2007

Citizen Kane - O Marco?


Para quem não conhece, é um dos marcos da história do cinema. Um filme de 1941, do Orson Welles, protagonizado por actores, filmado por pessoas com câmaras na mão, produzido por produtores etc, etc…

Quando se faz a pergunta: “qual o melhor filme de sempre?” aos maiores realizadores da actualidade, a resposta é imediata: Citizen Kane…

Isto fez-me ver o filme. Pronto, deu-me uma pancada e pensei: ah e tal, vou ver o melhor filme de sempre. E tentando acrescentar algo à minha já vasta cultura, carrego no play...

O filme narra basicamente a tarefa de um repórter em encontrar material para uma reportagem póstuma sobre a vida de Charles Foster Kane, um magnata da imprensa, cuja sua última palavra ao morrer foi “Rosebud”, facto que deixa meio mundo intrigado.

Sinceramente, não me lembro quanto tempo durou o filme… lembro-me de no filme ir ver o “cronómetro” que aparece no ecrã e pensar, completamente entorpecido: o quê?? Só passou X tempo? Parecia-me que já tinha passado, vá lá, 4 ou 5*X…

Epah, eu não sou critico de cinema (se fosse, acho que ninguém me contratava por mais de uma semana) mas que melancolia…

Eu percebo que o filme, a nível de produção, realização, etc., seja extremamente bom, e um passo importante nos planos de imagem e fotografia “naquela época”. Daí a escolha dos realizadores… nunca a minha. Nunca a de ninguém não ligada à realização…Simplesmente porque não existe argumento suficientemente sólido para prender o espectador, o que provoca todo um processo do já referido entorpecimento geral progressivo dos músculos do corpo… nunca mais me meto numa destas…

Considerem-se avisados.

Estragando a média do IMDb, pra mim leva (já a abusar, mas pra Hollywood não me cair em cima...)
* * * * * * * * * *

IMDb

22 de maio de 2007

IT DID NOT PERSUADE ME...

The Last King of Scotland (O Último Rei da Escócia)


Não me convenceu.
Não quer isto dizer que não valha a pena ver. Nem sequer fiquei com remorsos de não ter passado aquelas duas horas a estudar (ou a jogar PES). É sobretudo a intrepretação de Forest Whitaker que nos prende ao ecrã. Julgo que até o alfaiate, o actor podia comungar com o personagem original: General Idi Amin Dada, pretérito presidente do Uganda. É, portanto, um papel à medida de Whitaker. Talvez por isso, não me fascinou tanto como Ryan Gosling, em "Half Nelson", que seria para mim o mais justo vencedor do Óscar para melhor actor principal em 2006.
O filme foca o percurso de um médico escocês, Dr. Nicholas Garrigan (James McAvoy), em terras do General. Um país típico da Àfrica negra, onde as economias nacionais se transformam nas contas bancárias pessoais dos seus Presidentes.
Com uma realização mediana e um argumento já muito batido, destaco as aspectos técnicos. Gosto particularmente da fotografia e da banda sonora, sobretudo a música africana, que nos leva, por momentos, numa viagem ao continente negro.
Por estes motivos, ao estilo do IMDB, dou-lhe 7 estrelas.


The Last King of Scotland
(O Último Rei da Escócia)


Realizado por:
Kevin Macdonald

Escrito por:

Jeremy Brock, Giles Foden e Peter Morgan


Forest Whitaker
James McAvoy
Kerry Washington
Gillian Anderson

IMDb

Hoje...


Elegia

"Nem os dias longos me separam da tua imagem.
Abro-a no espelho de um céu monótono, ou
deixo que a tarde a prolongue no tédio dos
horizontes. O perfil cinzento da montanha,
para norte, e a linha azul do mar, a sul,
dão-lhe a moldura cujo centro se esvazia
quando, ao dizer o teu nome, a realidade do
som apaga a ilusão de um rosto. Então, desejo
o silêncio para que dele possas renascer,
sombra, e dessa presença possa abstrair a
tua memória." (Nuno Júdice)


Hoje não te pude tocar. Hoje não te pude olhar. Hoje foi um dia mais cinzento. Fiz o necessário. Sorri pouco.
Hoje senti pouco. Saboreie pouco. Esqueci-me de parar para sentir o vento no rosto. Esqueci-me de procurar a beleza do dia (existe sempre).

Hoje tive saudades. No silêncio dos meus pensamentos, na inutilidade do meu dia... recordei-te... devo ter sorrido, não sei...

Hoje senti a tua falta...

21 de maio de 2007

Formigas...

Uma formiga perscruta alimento na parede do meu quarto… Logo logo, uma fileira de formigas invadirá o meu quarto, caso a busca por meia dúzia de grãos de açúcar ou de migalhas de pão se torne frutífera…
Curioso o modo de viver, ou por outra, de sobreviver destes seres insignificantes…tão simples…tão irracional…tão despreocupada…pensar que com uma simples pressão do meu polegar existirá menos uma formiga no universo…Quem se importaria?
Porque é que os seres humanos se julgam superiores em relação aos outros animais? Será a coexistência de espécies algo tão utópico e poeticamente inatingível para os humanos?
Quem nos julgamos? Mas também…quem nos julgará?
Está ali outra formiga…e outra…esta chegou através da janela entreaberta. O que farei? O que farão? Incomodar-se-ão da minha presença? Não acredito…
Mas e quanto a mim? Incomodar-me-ão? Talvez…Porque não? Qual o animal que gosta de invasão da sua propriedade? Estou no meu direito…ou não?
Desde há algum tempo que considero os seres humanos algo execráveis… a todo o custo começaram por ser nómadas e a absorver os recursos naturais de uma zona, afectando a biosfera existente à sua volta…e depois o que fazem? Simples…mudavam-se para outra zona, deixando um rasto de destruição, o que demonstrou desde cedo a nossa posição para com a natureza…mas acabaremos por sofrer por isso… um dia…
Levanto-me…fecho a janela…(mas que coisa!)…isolo as formigas. Quando era novo arranjava uma lupa e procurava queimar as antenas, as patas, a cabeça, toda uma formiga com a luz do sol centrada na lupa…todos os miúdos o fazem…acham engraçado…como engraçado seria se existissem seres maiores que nós próprios e nos queimassem igualmente com uma espécie de lupa gigante, fazendo-nos sofrer e sem capacidade de autodefesa…
Muitos dirão: Mas as formigas são seres completamente irracionais e que seguem apenas o seu instinto…e eu perguntarei: quando nos aleijamos gravemente reflectimos se devemos exprimir algum sentimento de dor? Pensamos meticulosamente se devemos estar felizes quando, por milagre da natureza, somos pais de um ser minúsculo, indefeso e chorão? Aí seremos racionais?
As formigas também sentem dor…como esta sentiu assim que a esborrachei…mas até foi rápido, quase indolor…faltam duas…
Os humanos não sentem o mal que fazem à natureza… a nossa manipulação desta com base no argumento da racionalidade, da qualidade de vida…para quem? Para os seres vivos em geral? Não…decerto que não…Para os seres humanos em geral? Nem isso, direi. Existem seres humanos que procuram sobreviver, como estas duas formigas…
Dirão: com essa argumentação dirá que essa é a forma de vida adequada…
Responderei: nunca uma formiga deixa outra para trás…todas trabalham em conjunto para a harmonia do formigueiro…Nunca uma formiga se quereria superiorizar perante a rainha, perante outras da sua espécie, procurando poder. Nunca uma formiga quereria modificar o seu formigueiro de forma a quase o desmanchar, arriscando a sua vida e a das companheiras, de modo a arranjar um lugar mais confortável para si, em detrimento das outras…Nunca um conjunto de formigas mudou de formigueiro ao esgotar os recursos da região, porque nunca uma família de formigas esgotará os recursos de uma região…
As formigas do quarto encontraram o cadáver da outra que esborrachei…aflitas, e depois de tocarem as antenas, procuram rapidamente a janela, que eu entreabro novamente.
Terminarei dizendo: seres inteligentes, as formigas…

19 de maio de 2007

Nature Boy

Ja alguém ouviu esta versão?


Menina e moça por lisboa :D

Quando surge algo, para o qual se torna útil o recurso à inspiração... eis que ela “decide” simplesmente esfumar-se! Visto que o blog é recente, e que este é o meu primeiro post, mesmo com a imaginação a níveis reduzidos, vou tentar escrever algo, na esperança que não saia extremamente idiota...


Nos últimos meses grande parte dos meus dias têm sido passados em lisboa (ossos do ofício!). Aquela cidade transpira acção... centenas de carros circulam a toda a hora... as pessoas correm por todo lado... ouvem-se os aviões que partem e que chegam ao aeroporto... no metro entram pessoas... saem pessoas... a um ritmo alucinante! Todas compenetradas nas suas tristes ou menos tristes vidas. No metro não há sorrisos. Julgo que é pré-requisito para se poder circular no dito transporte. Lá também somos todos inimigos, sim, porque todos desconfiam de todos... as pessoas não se olham, não falam, não sorriem... nem sei se poderia ser de outro modo... só posso afirmar que o metro é um dos sítios mais frios e tristes de lisboa.
Às vezes páro para pensar se a nossa existênica fará algum tipo de sentido. Julgo que talvez pudesse fazer se soubéssemos aproveitá-la. Agonia-me pensar que no futuro poderei ser uma dessas pessoas de alma apagada, taciturnas e desiludidas com a vida que vejo todos os dias...
Apesar de tudo Lisboa é uma cidade maravilhosa, é uma cidade linda, mágica... inundada de vida! Às vezes saio de casa apenas para ir dar uma volta e absorver aquela energia que muitas vezes me “activa” mas noutras também me esgota. Em lisboa tudo anda mais depressa, os ponteiros do relógio movimentam-se a um ritmo desordenado. E nós somos consumidos pela aquela enormidade de sensações, pela aquela mistura de sons, de cores, de sabores, de odores, de luzes e de sombras, de alegrias e de tristezas... enfim, a vida em todas as suas versões...
Lá tenho a perfeita noção de que o mundo não pára e que está a léguas de ser perfeito; que ninguém espera por ninguém, que uns estagnam e outros evoluem, que uns aproveitam e outros não, que uns choram e outros riem... que uns lutam por saciar a fome de felicidade (de que todos deveríamos ser dotados) e que outros se contentam com as migalhas que o seu Deus lhes oferece pelo caminho...
Espero que o futuro nos torne pessoas mais simples e mais atentas... com maior capacidade de captar e apreciar pormenores, que podem tornar a vida mais bonita e este mundo imperfeito num lugar ainda mais habitável e repleto de pessoas capazes de sorrir no metro da vida.




Bem, foi o meu primeiro... melhores dias virão...espero!! :D

18 de maio de 2007

Primeiro passo

" (...) Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos (...)"

É com este excerto do poema: "Cântico Negro", de José Régio que principiamos este blog, precisamente no dia em que se celebram os 26 anos da Amnistia Internacional em Portugal. A inércia intelectual dos bloggers fundadores levou a que o primeiro post, só agora fosse publicado. O primeiro post devia ser curto, descrever o património genético da obra, quem escreve, do que escreve e porquê, mas eu hoje não vou por aí. Devia não ter assunto, ser inespecifico, insípido, mas também não vou por aí. Vou por onde me leva a falta de inspiração do momento e a pressão de acabar isto antes das 12 badaladas, pois amanhã não terá o mesmo sentido.

"(...) Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos... (...)"

No dia 28 de Maio 1961, dois estudantes lisboetas decidiram largar o trilho marcado e seguir pelos seus próprios passos. Brindaram ao amor do abismo da época, a liberdade. Imediatamente capturados, passaram os sete anos seguintes encarcerados sem direito a julgamento. Em Portugal, foi apenas mais um dia rotineiro do regime salazarista, comum, normal, até monótono. Peter Benenson, um advogado inglês, ficou chocado quando tragou o conhecimento deste acontecimento. Ainda abazurdido, escreveu e divulgou um texto intitulado: "The Forgotten Prisioners" (Os prisioneiros esquecidos). A resposta dos que o leram foi de tamanha magnitude, que o encorajaram a fundar um comité de defesa da liberdade de consciência e direitos humanos dos presidiários. Em pouco tempo cresceu, tornando-se num movimento à escala global, intitulado Amnistia Internacional.

A minha ignorância sobre este assunto só se esfumou quando vi o novo videoclip dos Nickelback - If Everyone Cared. Onde apresentam, entre outros, este momento histórico do século XX.