23 de dezembro de 2009

Sugestões de Natal

Para ver à lareira, debaixo da manta e com pausas para bolinhos.
(Embora nalguns a associação seja mais ténue, todos se relacionam com esta época.)

Life Of Brian

Love Actually

Die Hard

Nightmare Before Christmas

21 de dezembro de 2009

9 de dezembro de 2009

No ano de 2009

Ao longo deste e do próximo mês recordarei o melhor do que vi nos cinemas em 2009.
À parte deste ciclo de memórias estão "The Wrestler " e "Gran Torino" dos quais já falei aqui. (#1, #2.1, #2.2)

Revolutionary Road, de Sam Mendes

Da sua experiência e vocação de encenador inglês, Sam Mendes importa para a película uma linguagem teatral que complementa uma construção cénica típica de sala, não por acaso as cenas de maior impacto ocorrem em ambientes interiores com poucas distracções de fundo, onde o próprio cenário é o iniciador do drama. Lembro-me sobretudo do primeiro encontro dos Wheeler (Kate Winslet e Leonardo DiCaprio) com o filho dos Givings (Michael Shannon), onde a aparente banal posição dos personagens na sala assume relevância na descrição dos mesmos e do seu modo de vida, tudo isto numa casa cujo conforto sufoca. E é nesta atmosfera de xadrez emocional furado por uns tête-à-tête prostradores que brilham como nunca DiCaprio, Shannon e sobretudo Kate Winslet.


Plenty of people are onto the emptiness, but it takes real guts to see the hopelessness.

Se as adaptações cinematográficas de obras literárias são sempre de apreciação muito sensível, pela tentação de se compararem, mais difíceis se tornam quando o seu objecto é uma incontornável descrição da sociedade americana do pós-guerra. Sendo preciso na transcrição dos parágrafos de Richard Yates, este filme ganha autenticidade ao esculpir picos de explosões sentimentais de uma história original mais constante e fria.

1 de dezembro de 2009

Perdidos e Achados - Dave Matthews and Tim Reynolds Live at Luther College (1999)

É verdade, mais uma daquelas compras de fundo de caixote de "restos musicais" no canto de uma loja, se bem que foi um pouco puxado (cerca de 8€). Desta vez, apenas hesitei quando pensei em comprar também o Heartbreak Hotel -Elvis Presley (2€) e outros como Santana, os célebres Rat Pack, RATM, pelo mesmo preço do DM. Só desisti quando pensei no que iria comer durante toda a semana.







Acabei por trazer apenas este álbum. Por este espaço já se conhece há muito a minha admiração por Dave Matthews, um grande compositor, muito honesto em tudo o que faz e diz, sempre bastante bem disposto e com um sentido de humor infantil, que nos deixa sempre com um sorriso perante alguma macacada pateta em cima do palco.


Uma das características que mais aprecio na banda (Dave Matthews Band) é a tremenda técnica de todos os seus constituintes, e cada tema prima pela complexidade da ambiência, deixando a perceber que cada um é bastante trabalhado e cuidado antes de chegar ao senso crítico. Saliento o baixista, o "puto-prodígio" Stefan Lessard e o baterista, dos melhores que conheço, Carter Beauford.
Contudo, este é um dos vários álbuns acústicos ao vivo que foram produzidos no qual Dave (guitarra acústica) conta apenas com a participação do velho amigo Tim Reynolds, (também em guitarra acústica) que deu o seu contributo com estes pequenos "biscates" no início, mas que é agora parte integrante da banda.






Um álbum que nos dá a perspectiva de bons temas (One Sweet World, #41, Tripping Billies, Crash into Me, What Would You Say, Ants Marching, Two Step, etc.) num registo acústico, com as duas guitarras e por vezes um fundo de violino, muito discreto. Simplista no que toca à audição, como se quer, mas que reflecte ainda mais, se possível, o virtuosismo e a sinergia entre os dois músicos, com espaço para a "derivação musical pré-ensaiada" já habitual nos temas principais quando tocados ao vivo. Fica a sugestão.