31 de julho de 2009

FNAC para todos

Quem visita regularmente a FNAC sabe os poderes que aquele espaço tem. Acesso imediato mas sem pressas a um universo de prazeres vasto e diverso. Conto-vos que por vezes me refugio naquele vale de estantes e num qualquer assento sem apoio lombar e lixo as minhas cruzes inclinado sobre um qualquer romance, biografia ou um daqueles belos calhamaços da TASHEN que sei que não vou/posso comprar. (se bem que aquela retrospectiva do Kubrick com direito a rascunhos e tudo, me tente, agora que me lembro).

Não pensava era que aquilo que para mim serve de escape possa ser a rotina de quem não tem mais nada.
Descrita neste post interessantíssimo, o dia-a-dia de alguns sem-abrigo que descobriram a FNAC como alternativa ao passeio da rua do Carmo.

Confesso achar um certo romantismo nesta história.
E também uma feliz ironia, pois repare-se como um simbolo do consumismo e do mercado livre acaba por ser um poderoso meio de solidariedade.

1 comentário:

MarcoAJLopes disse...

Se a reportagem da Sábado fosse sobre a FNAC de Coimbra, não eram sem-abrigo. Eramos simplesmente eu e os meus colegas.