27 de agosto de 2009

Há 70 anos...(I)


O tratado Molotov-Ribbentrop


23 de Agosto de 1939, Moscovo


Está prestes a começar a cerimónia de uma assinatura de um pacto que irá ter especial influência no conflito mundial que se avizinha.


Joachim von Ribbentrop está de pé, ao lado de Estaline, à espera da sua vez de assinar. Ocupando o cargo correspondente ao de Ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, está ansioso. Sente a responsabilidade. Graças a este tratado, o Führer terá menos preocupações. Este tratado permitirá à grande Alemanha a preocupação exclusiva com a frente ocidental. A URSS não colocará nenhuma objecção aos objectivos do Führer, sejam eles quais forem. Mas a Polónia será dos Alemães, sem nenhum tipo de entrave por parte dos comunistas. Isso deixa-o satisfeito. É ainda uma reiteração de pactos de não agressão e de transacções económicas entre os dois países. Que falta faz à Alemanha o petróleo que vem da URSS...

Mas sente-se nervoso, encontrando-se na presença de Joseph Estaline. Correm rumores que alguém teria deixado escapar nos corredores de Berlin que este se trata de um pacto temporário. Que quererá isto dizer?



Estaline olha atentamente enquanto o seu ministro Molotov assina o pacto bastante vantajoso. Não quer saber o que Hitler está a planear, apesar de já o adivinhar há muito. A sua URSS, mantida com pulso de ferro, encontra-se num estado lastimável. A ditadura comunista é claramente bastante mais frutuosa que os tempos iliterados czaristas, mas no entanto a pobreza mantém-se e é problemática. Assim, basta à URSS não se preocupar com Hitler, em troca de ouro e armamento para o seu exército miserável. As más linguas em Moscovo e no mundo dizem que Hitler assusta Estaline. Será provavelmente dos poucos homens ao cimo da terra que lhe metem respeito. Estaline assumidamente sente que não tem a visão de Hitler, nem a sua inteligência, o que o torna numa ameaça. Este pacto só vem trazer vantagens, principalmente porque assim a URSS fica com o báltico, em detrimento da Lituânia, e já pode tentar a tomada da Finlândia, um dos seus interesses imediatos. Toda esta troca de regiões de influência é benéfica para a Russia, portanto um bom negócio.


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