11 de abril de 2008

Rádio #1


Re-Descobri a rádio.



As 3ª feiras de levantar, aula, almoçar, planear, viajar, treinar, jantar, viajar, ler/ver/ouvir e deitar, obrigaram-me a hipócritizar-me. Passei a deslocar-me (quase) exclusivamente no meu contemporâneo mercebes-benz da mira sobre o capot, contrariando valores ecológicos e de consciência comportamental de sociedade que apregoo.
Este aburguesar da minha rotina aproximou-me da rádio.

A rádio de há 30 ou 40 anos era certamente mais interessante que a actual.
Enquanto que o conceito de tv nacional se confunde com série horizontal de telenovelas, a rádio repete o aforismo da programação em linha recta, desta vez com música.
Paradoxalmente, tal como na televisão, o aumento da oferta de canais/estações não elevou a qualidade, nem tão pouco aumentou o leque de opções. (não , não é um contra-senso).
A maioria das rádios actual poderia facilmente ser substituida por um gerador de playlist's (sim, eu ainda acredito que o não o é já).
Não se distinguem entre si, passam a mesmo música, às mesmas horas, sempre com a lógica de martelar repetidamente os mesmos temas até que "entrem no ouvido".

E aqui se salva o serviço público...
(continua)

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