7 de julho de 2010
Intro: This is the end, beautiful friend.
5 de janeiro de 2010
Wake Up
Para acordar no novo ano.
Wake Up, de Arcade Fire
21 de dezembro de 2009
1 de dezembro de 2009
Perdidos e Achados - Dave Matthews and Tim Reynolds Live at Luther College (1999)

15 de novembro de 2009
Thomas Newman
Todos estes temas me marcaram, uns mais do que outros, é certo.
5 de novembro de 2009
No ano de 1959 #6
"Kind of Blue" - Miles Davis
Era a única maneira de fechar o ciclo de homenagens ao ano 1959. Quando se fala nos maiores, aquilo que na minha análise funciona de crivo é a revolução, material ou ideológica, que essa personalidade realizou. Não me atreveria a discutir quem foi a maior ou a mais importante figura na história do jazz, até porque só cá cheguei há pouco mais de 20 anos e o género já se ouve há quase um século, mas não esquecendo Louis Armstrong, a maior influência no Jazz que hoje nos chega aos ouvidos é irrefutávelmente Miles Davis. Quando perguntamos ou ouvimos perguntar a qualquer músico, seja de Jazz, de Blues ou mesmo de Soul quais os seus autores de referência, mais que frequentemente escutamos o nome Miles Davis. E nenhum álbum terá contribuído mais para a revolução 'Milesiana' que "Kind of Blue".

Reza a lenda que Miles terá escrito todo o material em apenas dois dias na semana de véspera da gravação, e que só terá partilhado as suas composições com os músicos que com ele tocaram (elenco de luxo: John Coltrane, Billy Evans, entre outros) já no estúdio imediatamente antes de gravar. E o que dali saiu no fim do dia (na verdade houve duas sessões de gravação) ecoará até à eternidade.
Com o estudo da nova perspectiva de improvisação apresentada por George Russell que incidia sobre o uso da escala em lugar da alternância de acordes, e depois das experiências em 'Milestones' no ano anterior, Miles Davis gravou 'Kind of Blue' totalmente baseado no 'modo/modalidade' e esta mudança de paradigma explanada numa interpretação magistral e sem artifícios ou protuberâncias (Miles Davis não era o maior dos virtuosos) resultou um som de uma subtileza quase etérea e inimaginável no panorama do jazz da altura (auge do be-bop de Charlie Parker e Dizzy Gillespie). Houve quem se referisse a este trabalho como a destilação da Arte de Miles Davis.
"Kind of Blue" ficou como o álbum que se empresta a alguém que quer experimentar ouvir Jazz, é preciso dizer mais?
28 de outubro de 2009
Live from Abbey Road - Antony and the Johnsons
20 de outubro de 2009
Momento Seinfeld
Kramer: (...). Come midnight, when she's looking for someone warm and cuddly to kiss, I guess you'll be caught between the moon and New York City.
6 de outubro de 2009
Manfred Mann’s Earth Band – Nightingales and Bombers (1975)
Quando procuramos música que nunca tenhamos ouvido há sempre a tendência a socorrer-nos de Tops. Ou é o top das melhores bandas, dos melhores álbuns, das melhores músicas… O que não falta é Tops por aí. Regra geral nunca são unânimes. Nem poderão ser;
estamos a tratar, no fim de contas, de críticas, individuais ou de colectivos fechados (críticos de revistas, sites, rádios, etc.).
Em nenhum deles vi este álbum. Pelo menos nos primeiros 100, 200 lugares. No entanto, se me pedissem um top de álbuns pessoal este teria de constar nos… 10 primeiros.
Foi a descoberta deste álbum, juntamente com trabalho de Jethro Tull, Pink Floyd, Emerson, Lake & Palmer, entre tantos outros, que me reavivou o gosto pela música. Melhor, o prazer de ouvir música.
Manfred Mann’s Earth Band foi uma banda que não colheu grande sucesso no passar dos anos, e houve até álbuns que receberam junto da crítica e dos fãs bastante maior aceitação que o visado. Contudo este é para mim o álbum com o qual melhor me identifico.
Começa com uma cover do Springsteen, “Spirits in the Night”, desenhando uma identidade de Prog Rock com linha firme. Uma cover bem trabalhada que não fica nada mal para início de álbum, se bem que talvez seja das mais fracas do álbum. Serviu para o lançamento do álbum.
“Countdown” começa a revelar a essência do álbum: Rock com muita substância, aliando a um imenso tecnicismo uma ambiência musical muito boa, típica do rock psicadélico.
“Crossfade” é um ponto fulcral do álbum. Para mim encaixa que nem ginjas como quarta música, propositadamente para criar ou perder fãs. O psicadélico chega ao rubro e este é o momento que se escolhe para ouvir com atenção o álbum até ao fim, ou para o arrumar na prateleira.
“Nightingales and Bombers” é o ponto caramelo. A faixa que dá nome ao álbum é um épico ao nível dos grandes épicos da época, de Led Zeppelin ou Pink Floyd.
Como pontos negativos, para mim, talvez a inclusão da cover do Springsteen, que apesar de boa não reflecte inteiramente o espírito do álbum, mas a meu ver pesou a necessidade de um single consistente. Outro ponto é a perda de “pica” a que nos conduz “Visionary Mountains”, uma interessante balada, mas cuja ordem no álbum não abona a seu favor, entre “Crossfade” e “Nightingales and Bombers”.
Com tudo isto, é um álbum que define parte das minhas escolhas musicais com o passar dos anos, e como tal incluí-lo num top pessoal é imperativo. Fica a sugestão.
NightingalesAndBombers -
27 de agosto de 2009
Them Crooked Vultures

Josh Homme
Dave Grohl
John Paul Jones
Mas mesmo assim acredito muito neste projecto. Se bem que de um modo mais racional do que de anteriores espectativas.
Josh Homme acabou de produzir o novo album dos Arctic Monkeys (outra febre lusa que ainda tou para perceber, mas pronto (e agora vêm cá em Fevereiro, histeria total) -este álbum é bom, pelo menos está muito bem produzido -lol) e é o Mr. Queens of the Stone Age. Acho que não preciso dizer mais nada.
Dave Grohl era o baterista dos Nirvana. Com a morte do Cobain, Grohl resolveu tentar a sua sorte noutro tipo de projecto. O primeiro album dos Foo Fighters foi todo planeado, composto e quase na íntegra interpretado por ele, só depois contratou os restantes membros da banda. Um génio.
John Paul Jones é o baixista e teclista dos Led Zeppelin. Ponto.
30 de julho de 2009
Olá campistas,
Além de ir a banhos e pôr ao sol, que tal 500g disto para um bom Agosto de férias.
TV:
- Mad Men (Rtp2)
- 30 Rock (Rtp2)
- The Office (Tvi)
Cinema:
A estrear:
- Two Lovers
- Public Enemies
- Up
DVD recente:
- Revolutionary Road
- A Outra Margem
- Paris, je t'aime
DVD clássico:
- 12 Angry Man
- Sweet Smeel of Success
- Roman Holiday
Música:
Ao vivo:
- Leonard Cohen. Lisboa, 30 de Julho.
- Seal. Cascais, 31 de Julho.
- Joss Stone. Cantanhede, 1 de Agosto.
Em casa:
- Anthony and the Johnsons - The Crying Light
- Rodrigo Leão & Cinema Ensemble - Mãe
- Charlie Parker - Parker's Mood
- Richard Yates - Revolutionary Road
- Valter Hugo Mãe - O remorso de baltazar serapião
- Cormac McCarthy - The Road
Dormir q.b.
Preocupações 0g.
Agitar com companhia
e servir numa praia perto de si.
17 de julho de 2009
17 de Julho de 1959
Morreu hoje Lady Day, rainha do jazz. Mergulhada em heroína, encontrámos-la num bastidor com cheiro a sovaco dum qualquer club da baixa Nova-Iorquina.
Lembrou-nos por escrito "Lady Sings The Blues (1956)" as suas nódoas mais negras e cortes mais profundos: violação em menor, prostituição em adolescente, alguns romances com a máfia e muitos com a droga.

Perpetuar-se-á como a voz do Jazz. Representava um Jazz metafísico, não eram apenas as suas roucas cordas vocais que ressoavam em quem a ouvia. Billie Holiday exudava a sua alma pelos poros do Jazz e abaixo da 14th Street ninguém ouvirá igual.
Daqui a 50 anos, em sua memória, além dum post ranhoso num blogue desconhecido, alguém abrirá uma rubrica de rádio assim:
Boa Noite.
Chamava-se Billie.
Foi a Maior.
Luther Vandross (1951-2005)
Este mês ( no passado dia 1) celebrou-se o 4º aniversário da morte de Luther Vandross.
Dispensa apresentações: 8 Grammys, e um vozeirão daqueles... Depois de fazer back vocals de grandes cantores como Streisand, Bowie, Ross, Flack, lá acharam que o rapaz até merecia uma oportunidade para cantar a solo.
Hum...de certeza??
Sempre que me lembro do seu nome, recordo imediatamente "Dance with my Father", e relembro a actuação dele juntamente com o amigo Stevie Wonder, a sua diva Dionne Warwick e a "chicken legs" Whitney Houston a cantar "That's What Friends Are For". Que falta faz à música.
Memorável. Arrepiante. Invejo ferverosamente cada uma das pessoas daquela assistência.
13 de julho de 2009
Optimus Alive!09 - dia 11 - Dave Matthews Band
Tinha de ser.
Portugal já precisava deles outra vez. Portugal gosta de boa música! Surpreendidos, "artistas" portugueses? Pois é...
Trinta e tal mil pessoas ali, quietas, com as costas a doer, de tantas horas em pé, à espera. E um sacana de um norte-americano a tossir ao meu lado. "Dude!!Pegas-me a p* da gripe e eu f*-te os cornos"
A 5 metros do palco, depois de me apaixonar pelas pernas et al da Fergie, esperando ansiosamente que a pitalhada à minha volta se sumisse dali depressa. Mas poucos saíram de lá. Fiquei apenas a 3, 4 metros do palco, não consegui avançar mais.
Dave Matthews não precisa de apresentações em Portugal. É um músico profissionalíssimo que leva muito a sério tudo o que faz e isso transpira para fora, tal como a sua banda. E para além do mais é bastante afável para com os fãs.
"It's an honor to play in the same stage Black Eyed Peas played." E muita gente aplaudiu. " It's an honor to play in the same stage Chris Cornell played" E toda a gente aplaudiu. "Thanks y'all for stickin' around for us" E toda a gente se riu.
Alinhamento característico da apresentação do novo álbum, com a típica estrutura mix, que envolve alguns clássicos e algumas estreias. Podiam tocar o que quisessem, até Led Zeppelin ou Bob Dylan, que ninguem arredava pé. Esperem lá, eles tocaram mesmo LZ e BD, no 2º (sim, segundo!!) encore.
A minha espectativa antes do concerto é que seria extasiante se eles tocassem uma destas: Everyday, When the World Ends, Gravedigger. Mas não tocaram. E já estava à espera pois já previa um alinhamento semelhante ao concerto do mês passado no Beacon Theater, em NY. E fiquei realizado na mesma.
Classicos como Ants Marching, #41, Two Step, Don't Drink the Water,You Might Dye Trying, Tripping Billies, e músicas novas como: Funny the Way it is, Aligator Pie, Spaceman fizeram as minhas delicias e as dos outros fãs, que completamente em delírio correspondiam ora com palmas ritmadas, a puxar pelo Carter Beauford(pra mim um dos melhores bateristas do mundo) ou pelo LeRoi (saxofonista da banda falecido recentemente). Notava-se que a banda se sentia tocada pelo acolhimento. Frases como "É bom estar de volta" e "Obrigado Lisboa" eram repetidas constantemente por Dave Matthews.
Momentos altos? Todos. O pico de êxtase surgiu em dois momentos: no momento da semi-ensaiada tirada da dupla Beauford-Coffin, no despique bateria-saxofone, e na "Two Step". Nesses 15 minutos da música, o público puxou pelos músicos durante 2, 3 min com sucessivos (ohhh oh eh ohh) só com a bateria e baixo como pano de fundo. Fenomenal.
Fica um primeiro encore com o sentido "carpe diem", nas palavras de Mário Rui Vieira, com as quais não podia concordar mais, com You Might Die Trying e Tripping Billies e um segundo encore com uma mistura da Stairway to Heaven com a All Along the Watchtower (parecia-me mesmo a Gravedigger, os acordes são os mesmos, ia-me passando!). Pena eles ainda não saberem português suficiente para saberem o que significa "E salta Dave, e salta Dave, olé, olé!!".
Nota: Carter Beauford distribuiu, à vontade, 40 baquetas pelo público. É um ritual antigo, que ele faz no final de cada concerto. Mas 40? Nunca visto. E eu que não fiquei com nenhuma, sniff! Fica P'ra próxima!
Optimus Alive!09 - dia 11 - Chris Cornell
Chris Cornell. Uma lenda viva.
Mal entra em palco e cativa-nos com o seu olhar maníaco, de bicho de palco, de quem adora música à sua maneira.
Fui ao alive!
Li na blitz que ele tinha feito um album com o Timbaland, e mal li isso fiquei tal e qual como se me acabassem de esfaquear o estômago. Não pode ser!
Então esse gigante que foi lançado com os Temple of God (a superbanda constituída por elementos dos posteriores Soundgarden e Pearl Jam)com o Vedder , que alcançou uma legião de fãs fanáticos com os Soundgarden, que foi cantar com os restantes membros dos RATM, e formaram os enormes Audioslave, acabara de trabalhar com o TIMBALAND???? Mas onde é que isto cabe na cabeça a alguém???
Pois é, mas algo me dizia que ele no dia 11 de Julho em Algés não estaria muito virado pra r&b. E não estava. Despachou algumas músicas do novo album em formato rock, o que as tornou bantante mais mastigáveis para a plateia. Não estava à espera que ele metesse a "Hunger Strike" no alinhamento, o que foi uma surpresa formidável, cantou o primeiro refrão da "Black Hole Sun" no preciso momento em que o sol desaparecia no firmamento por detrás do palco, cantou versões prolongadas da" Outshine" e da "Spoonman" que cativaram alguns dos fãs mais acérrimos. Mas a plateia estava um bocado fria para o meu lado. Um bocado espectantes, desconfiados. Infelizmente.
A banda parece uma banda de Guitar Hero. Ou seja, no guitar hero temos uma banda, onde somos guitarristas e tocamos covers de outras bandas, mas o nosso vocalista canta de maneira exactamente igual ao vocalista original (lol). Ali assisti à mesma cena: temos uma banda diferente que toca as músicas de outras bandas (muito bem) e cujo vocalista canta igual ao vocalista original. Se calhar faltam os cabelos mais compridos, ou mais curtos, não sei. Mas a voz é espectacular na mesma.
Muita gente fez cara feia e foi bastante contundente a mandar abaixo o Cornell nos últimos tempos. Eu, como fã, acho que ele está tão desapontado como eu com os resultados do seu recente projecto. Mas tentou, e bem, mostrar aos fãs que a música ainda está dentro dele, e como tal lançou-se às feras. Merece um mínimo de respeito por isso.
Nota geral: Gostei do concerto. "Thank You!!!" Nunca o tinha visto ao vivo, infelizmente, e como tal fiquei extasiado.
Por mim estás perdoado, mas que não voltes a fazer outra destas oh Chris! TIMBALAND?? Porra, pah...
28 de junho de 2009
His life? A real thriller... His career? No one will ever beat it...
Pois é, a personagem cujo conjunto de doenças que lhe foram (pseudo?) diagnosticadas faz tremer um hipocondríaco primário deixou-nos.
A notícia deixou-me atordoado, como a todo mundo, obviamente. O puto, o rapaz, o jovem que revolucionou a música a nível mundial de forma estonteante, comparável a Hendrix e a Presley deixou-nos um grande vazio. Alguma vez será suplantado? Duvido.
Que mais dizer? Debitar a discografia? Não me apetece. Os Jackson 5, posteriormente apenas Jacksons, nunca me disseram grande coisa, do que ouvi. O êxito surgiu pela novidade. Mesmo os primeiros albuns a solo. E de repente: "Off the Wall". Hum, espera lá, que isto tem sentido. "Thriller". E foi, é e será Rei. O Álbum. A forma numa época conturbada como um preto se impôs mundialmente com tanto exito saído dali... Grande Quincy Jones, o mestre. "Bad". Pode falar-se em confirmação? Não. Um grande album também, mas o que pode competir com o mais vendido de sempre?
A vida? Repleta de peripécias. Ainda bem que sou filho único, nem que seja só para não ter de aturar irmãos. Ainda bem que sou branco e saudável qb (sim, sou hipocondríaco), para n ter de suportar plásticas, testes, exames, outras operações, comprimidos, drogas e manias, etc. Ainda bem que não tenho dinheiro pra chamar à atenção o problema da fome no mundo, das favelas do brasil, de fundar e patrocinar dezenas de fundações para crianças, pois mais tarde ou mais cedo caíriam em cima de mim, fundamentadamente ou não.
Assim se cria uma era de 50 anos. E agora?
Fica aqui a minha homenagem.
beat it-MAJLopes.wav -
20 de maio de 2009
David e Rita - Hold Still
Porque é com a Rita Red Shoes.
Porque é sobre a distância.
E porque nalguns planos a Rita me lembra a Audrey Hepburn.
24 de abril de 2009
26 de março de 2009
MGMT
E a banda revelação de 2008, descubro-a em 2009.
São os MGMT, sigla para Management, a primeira designação do grupo.
São, com os Vampire Weekend, as primeiras grandes evoluções do indie-rock. O que os músicos da city "misturaram" com uma sonoridade étnica, dos cornos de África, este duo de Brooklyn "electrificou".
Experimentam um ambiente misto, de um lado o easy-listening, o pop, do outro uma vertente mais psicadélica, quase dance.
De tudo isto, resulta um som contagiante e passível de ser ouvido em qualquer ocasião.
O seu álbum mais recente, "Oracular Spectacular", começa logo com a sua estrela maior: #1 - Time to pretend, e continua a brilhar com #3 - The Youth e #5 - Kids.
Time To Pretend - MGMT